terça-feira, 28 de setembro de 2010
Sarau de poesias em Cabo Frio
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Escritora Izabelle Valladares recebe Prêmio da Associação Fluminense de Belas Artes de Niterói
Caros confrades e confreiras, no dia 24/09 a escritora Izabelle Valladares, que foi convidada para estar no dia 10/10/2010, em nossa sede, recebendo o título de acadêmica honorária academia de letras de Goiás, na cidade de Goiás Velho, recebeu da AFBA, a premiação honrosa de ativista cultural e amiga das artes do Rio de Janeiro.
Feira de artesanato
Feira expõe artesanato produzido por detentos | ||
O artesanato produzido pelos detentos do presídio de Caldas Novas será exposto numa feira organizada pela Secretaria da Educação do município, hoje e amanhã. Entre o material produzido estão colchas e tapetes de crochê. Segundo o diretor da penitenciária, François Fábio Costa, o objetivo é expor e divulgar os trabalhos artesanais dos internos para a comunidade e turistas. Ele acredita que dessa forma o reeducando vai se sentir valorizado, o que melhora a autoestima e a sua reinserção social. A renda obtida com a venda das peças vai para as famílias dos detentos. |
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Ação social no Rally dos sertões a ALG apoia
Rally dos Sertões traz Ação Social para Caldas Novas |
Escrito por SECOM |
Sex, 06 de Agosto de 2010 16:31 |
A importância do Rally Internacional dos Sertões, que começa nesta terça-feira, 10, com largada em Goiânia, vai muito além do aspecto esportivo. É também realizado desde 2002 um importante trabalho social que começa antes e não cessa com o fim da competição. O Instituto Brasil Solidário atua nas cidades-roteiro do evento, coordenando e executando anualmente, trabalhos sociais e de desenvolvimento dos municípios onde acontece a competição esportiva.
Profissionais contratados e voluntários acompanham a Ação Social dos Sertões dentro de uma programação com visitas detalhadas e planejadas e logística independente, em paralelo a competição, para realizar trabalhos e atividades nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, cultura e artes na maior iniciativa do tipo ligada ao esporte no país. Neste ano, Caldas Novas e Rio Quente estão entre as cidades beneficiadas, bem como Aparecida do Rio Negro, no Tocantins, Trindade, Alto Paraíso de Goiás e Ponte Alta (TO).
A ação começa no dia 8 de agosto, antevéspera do início da competição e realiza suas atividades até o dia 14 do mesmo mês. A instituição beneficiada em nossa cidade é a Escola Municipal Dona Abelina, na Vila Mutirão, que recebe a equipe no domingo, 8, a partir das 8 horas. A escola foi escolhida por preencher os requisitos para o projeto, que são, dentre outros, estar numa região periférica, em meio a uma comunidade carente. De acordo com a diretora Marleide Aparecida de Carvalho, a atuação da Ação Social do Rally dos Sertões é como um grande prêmio para a escola. “Só a movimentação em função do evento já é uma grande alegria para todos nós. Estamos saindo ganhando muito, não só em termos materiais, mas também pela riqueza deste acontecimento na vida da comunidade”, declara. Entre as principais ações executadas estão montagem de uma biblioteca completa com acervo de 700 livros, doação de material esportivo, oficinas de artes, pintura, atividades de lazer voltadas ao público infantil, atendimentos oftalmológicos com doação posterior de óculos, atendimentos médicos e odontológicos (incluindo uma farmácia, que doa medicamentos prescritos por um especialista), palestras educativas, montagem de horta, viveiro e arborização, sala sustentável, oficina de papel reciclado e apresentações locais. Esses atendimentos serão realizados apenas para os alunos das escolas públicas e a comunidade local, para tanto foi realizada uma triagem através da secretaria de Saúde, em conjunto com a secretaria de Educação, para identificar quem realmente necessita dos atendimentos. A estruturação que a escola receberá inclui sua informatização, sendo entregues computadores completos, com câmara digital e impressora, aparelhos de TV e DVD, além de duas bicicletas para premiação em concursos de redação, no trabalho de estimulo a leitura com os alunos das escolas. Um escovódromo com pias, espelhos e cerâmica foi construído pela Prefeitura para abrigar as palestras e orientações sobre escovação. A escola foi também recentemente reformada e ampliada pela administração municipal, tendo ainda sua pintura refeita, facilitando o andamento das atividades a serem realizadas e para que o espaço pudesse ser mais bem aproveitados pelos alunos e escola beneficiados. |
Escritora Izabelle Valladares confirma presença.
A ALG teve o prazer de convidar a escritora Izabelle Valladares, como membro honorário para a solenidade de posse de seus novos acadêmicos que ocorrerá no dia 10 de outubro de 2010, no auditório central do teatro municipal.
Saudação a Izabelle Valladares
Izabelle Valladares, começou seu tempo de voo em 2009, com o livro A cúpula das vaidades. Desde o começo, optou por sentimentos e sensibilidade. O humor se move com desembaraço, de maneira ágil, suave, delicada e precisa. É possível que tenha aprendido com ele como laborar com palavras que encerram lágrimas ou sorrisos.
Seu plano de voo, foi tecendo desde quando aprendeu a fantasiar, menina ainda, na cidade de Niterói . C.
Nas suas andanças, viu quase toda a América Latina. Esbarrou com a tristeza, com a dor, com o abandono, com a injustiça, com assombrações. Mas, também, com felizes amores, definitivos amigos e com um mar de palavras. Com elas vem seguindo seu voo no tempo que existe, o tempo vivo, o tempo que nunca viu. Meio a este tempo, seu nome e sua obra se espalharam pelo país, chegaram às às escolas, as cabeceiras e atravessaram mares, "A viagem mágica de Bia e Dora, vai ser publicado em 2011 na Àustria pela Carsten. E, os muitos prêmios lhe atribuídos neste meio tempo, atestam a grandeza de sua obra e de seu mover cultural e social.
No seu tempo de hoje, sonha o viver num país literário. Acredita que, por sua especificidade de poder dar voz ao leitor, a literatura tem o poder de levá-lo a conquistar sua autonomia, a que lhe dá o direito de escolher o seu próprio destino e de sonhar com outras realidades. Para realizar o que, aos olhos de muitos pode parecer uma utopia, ela conclama o leitor a pensar um Brasil Literário que primeiro passe pelo consumo interno para, num momento posterior se transformar em ação.
Cara Izabelle Valladares,
Como você mesmo diz, o tempo é um saboroso presente. Para nós, da Academia de Letras de Goiás, é chegado o tempo de lhe agradecer pelo presente de sua presença aqui e pelo presente de suas palavras expressas em mais de dez livros publicados.
Tendo em vista sua brilhante obra literária de reconhecimento nacional e internacional, a Academia de Letras de Goiás lhe confere o título de Acadêmico Honorário.
Alaor Barbosa
Discurso de Danilo Gomes sobre Alaor Barbosa
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Incumbiu-me o Sr. Presidente desta Academia, Ministro Fontes de Alencar, de saudar o novo confrade, que ora recebemos com fraternal abraço e intenso júbilo. Honrosa missão para este modesto cronista mineiro, em Brasília há 35 anos. A delegação, que recebi de S. Exa., me enche o coração de alegria e o espírito de uma transcendental comunhão. Porque Alaor Barbosa é um velho e querido amigo e companheiro. E porque Alaor Barbosa é um grande escritor brasileiro, goiano de Morrinhos e agora,desde há poucos dias, Cidadão Honorário de Goiânia – justo galardão!
Grande escritor goiano, que transcendeu os limites de seu Estado natal, não só pelas altas qualidades estilísticas de suas obras, como por abordar temas de envergadura nacional,de Monteiro Lobato e seus amigos de cenáculo na Paulicéia,a Guimarães Rosa, de quem foi amigo e de cuja vida e criação literária nos tem dado uma pinacular, majestosa obra,em dois tomos: “Sinfonia Minas Gerais: a vida e a literatura de João Guimarães Rosa”, o primeiro tomo já publicado.
Nascido há 70 anos em Morrinhos, Alaor Barbosa dos Santos morou também – e ainda tem lá residência- em Goiânia; morou ainda no Rio de Janeiro, em Petrópolis e Brasília,onde mantém residência até hoje. Veio para cá a serviço, por concurso, do Senado Federal.
Escritor por vocação, por gosto, o novo acadêmico tem percorrido os territórios do romance e do conto, da biografia, da ensaística, da pesquisa literária e historiográfica. Não para de trabalhar, de produzir, de tal forma a podermos assegurar que ele se dedica à literatura e à História como um missionário incansável e com o ardor de um legionário, um escoteiro, um militante.
A simples menção do elenco de suas obras revela o quanto ele tem produzido, sempre se superando em qualidades estilísticas, em lavor estético, em informações precisas e detalhadas, checadas. Não me refiro apenas ao escritor primoroso, ao ficcionista de prol e de proa; destaco também o jornalista, desde o Jornal do Brasil, Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, do Rio, até o Diário da Manhã, de Goiânia, onde não perco seus artigos e matérias de teor literário, jurídico, histórico e político, permeados de memorialismo. No Diário da Manhã também não perco os artigos e crônicas de nossa colega, a poeta Sônia Ferreira. Aliás, leio também “O Popular”, de Goiânia, onde colaboram notáveis cronistas. E mais: todos nós, que moramos aqui, moramos no generoso solo de Goiás, que elegeu senador o grande Juscelino Kubitschek,criador de Brasília e imortal ídolo nacional.
Bacharel em Direito, pela Universidade Católica de Goiás, Alaor Barbosa é também mestre em Literatura pela Universidade de Brasília-UnB. De sua vasta obra publicada, cumpre destacar alguns títulos. Ficaríamos aqui por horas, cavaqueando e discorrendo sobre o autor, sua obra e sua rica fortuna crítica, já que elogios vieram, em vibrantes palavras, de críticos literários, entre outros, do jaez de José Edson Gomes, Wilson Martins, José Leão Filho, Fernando Py, Gabriel Nascente, José Mendonça Telles, Gilberto Mendonça Telles,Assis Brasil, Manoel Hygino dos Santos, Modesto Gomes, Hélio Pólvora,Antônio Olinto, João Carlos Taveira, Bariani Ortêncio, Carmo Bernardes, Ronaldo Cagiano, Emanuel Medeiros Vieira e Anderson Braga Horta. Releva acentuar que, no dia 1º deste mês de setembro de 2010, o grande poeta,ensaísta e crítico literário Anderson Braga Horta recebeu Alaor Barbosa no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, em noite mememóral, em sessão solene presidida por Jarbas Marques, na ausência do Cel. Affonso Heliodoro, em viagem a Belo Horizonte, por questões de saúde.
Da bibliografia de Alaor Barbosa, destaquemos “Caminhos de Rafael” (contos, ficções, narrativas); “Um Cenáculo na Paulicéia” (um estudo sobre Monteiro Lobato, Godofredo Rangel e outros “irmãos de opa” [no caso, confrades de letras]; “Contos e Novelas Reunidos” (uma bela edição de capa dura,com 985 páginas); “Sinfonia Minas Gerais” (que já mencionei); “Eu, Peter Porfírio, o maioral” (romance, um dos finalistas do Prêmio Leya, com o selo Dom Quixote [Portugal, 2009].
Destaco, também, “Um Lenda”, obra magnífica, de viés joyceano –a história se passa em dois dias-, em cujo personagem central, o menino interiorano Rafael Noronha, eu me revi na minha natal cidade de Mariana, Minas Gerais, na mesma época. Quando terminei de ler as 262 páginas dessa obra genial, veio-me à memória uma instigante frase de Fernando de Castro: “Mas esse é o problema dos bons livros: quando menos se espera eles acabam.” Observação que se aplica, sem dúvida alguma, aos demais livros do novo membro desta Casa, à qual o saudoso poeta e ensaísta José Geraldo Pires de Melo consagrou tantos anos de sua vida e que encontrou no atual Presidente, escritor Fontes de Alencar, um notável líder e um indormido administrador.
Outras obras do nosso novo acadêmico: “A morte de Cornélio Tabajara”, “Meu Diário da Constituinte”, “Memórias do nego-dado Bertolino d’ Abadia”, “O exílio e a glória”, “Monteiro Lobato das crianças”, “Campo e noite”, “O romance regionalista brasileiro” e outras mais, algumas dedicadas ao público infantil, como “Saci e Romãozinho”.
Além de biógrafo, também ensaísta, em “Confissões de Goiás” e “Rui Barbosa: pensamento em ação”, Alaor Barbosa já recebeu vários prêmios, consta de várias antologias, é membro da Academia Goiana de Letras e consta,como bem lembrou Anderson Braga Horta, dos dicionários de Bariani Ortêncio, Luiz Carlos Guimarães da Costa, Raimundo de Menezes, Napoleão Valadares e,ainda, da enciclopédia da Oficina Literária Afrânio Coutinho.
Um dos mais importantes livros de Alaor Barbosa é esse “Sinfonia Minas Gerais”, da Editora LGE, de Brasília, livro todo centrado na vida e na obra de João Guimarães Rosa, de quem o autor goiano, jovem jornalista no Rio de Janeiro, se tornara amigo de muita estima recíproca. O livro (refiro-me ao 1º volume, pois o 2º ainda não saiu) é uma verdadeira ode em prosa ao grande escritor e diplomata, nascido em Cordisburgo, em l908. Coloca-o o autor nas alturas, no merecido Olimpo. Ora, não é que a obra é contestada, judicialmente, pelas duas filhas de Guimarães Rosa? Espantoso, inacreditável! Um absurdo, puro capricho, um despautério! A vida e a obra de Guimarães Rosa não pertencem apenas à sua família, pois se tornaram um patrimônio do Brasil e da literatura universal.As traduções de seus livros correm o mundo.
A Associação Nacional de Escritores (então presidida pelo saudoso poeta Joanyr de Oliveira),pelo seu jornal mensal, editado pelo mestre Afonso Ligório Pires de Carvalho, saiu em defesa de Alaor Barbosa, naquele começo de 2008. Ouçamos este trecho: “Confiscar obras literárias e punir escritores são ações que, pela intolerância e pelo anacronismo que as apequenam, configuram verdadeiros autos-de-fé medievais, inconcebíveis para mentes ciosas da liberdade, da justiça e da cidadania, a duras penas conquistadas.”
Na maré montante de indignação que tomou de assalto os intelectuais cultores do Estado de Direito, o Presidente da Academia Mineira de Letras, escritor, ex-Senador e ex- Ministro Murilo Badaró (falecido há dois meses), convidou o nosso autor para proferir palestra sobre o criador de “Grande Sertão:Veredas”, na sede da agremiação, no Auditório Vivaldi Moreira. Foi uma noite histórica. Tive o prazer e o privilégio de lá estar. Alaor Barbosa, ao final de sua conferência em torno do Mago de Cordisburgo, foi aplaudido de pé por um auditório cheio à cunha – bem se lembra a esposa do conferencista, Sra. Maria Gonçalves Ribeiro, lá presente. Era Minas, pela sua Academia hoje centenária, agradecendo a Alaor Barbosa por aquela sua magnífica “Sinfonia Minas Gerais”. Aliás, Alaor Barbosa tem sangue mineiro, pela vertente paterna, e paulista, pela vertente materna.
Vou concluir, meus caros amigos.
E quero concluir declarando que Alaor Barbosa, pelo seu trabalho, seu talento extraordinário, próprio dos gênios, seu engenho e arte, alçou-se à condição de um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos. Pertence à sua bucólica Morrinhos, pertence a Goiânia, a Goiás, a Brasília,mas transcendeu até se firmar como grande escritor nacional.
Sua obra, de excepcionais qualidades de estilo e invenção, de criatividade, de tocante lirismo e forte dramaticidade, de pesquisa, de metalinguagem, sua obra –repito- engrandece uma nação.
É, pois, com grande alegria e sinceramente honrado, escritor Alaor Barbosa, que os veteranos confrades desta Academia de Letras do Brasil o recebemos nesta noite e nos sentimos altamente honrados, com sua presença entre nós, na cadeira nº XXX, tendo como Patrono Érico Veríssimo, glória de Cruz Alta, do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Escreveu o inimitável Eça de Queiroz que “um bom livro regozija o espírito”. Frase singela e verdadeira. Eu direi agora, perante esta ilustre assembléia de cultores da literatura e admiradores do novo acadêmico, nesta tertúlia que ficará nos anais da Casa: a obra já publicada de Alaor Barbosa realmente regozija o espírito e nos transporta a mundos vários e encantados, desde a aurora de sua vida, na sua já mítica Morrinhos, onde nasceu e morou o menino Rafael Noronha, de “Uma Lenda”...
Seja muito bem-vindo, grande escritor brasileiro Alaor Barbosa!
Laus Deo!
Danilo Gomes
Brasília, 9/ 9/ 2010.
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Posse na academia de letras e artes de Goiás
Em termos de Academia, é a mais nova instituição cultural fundada em Goiás, eis que instalada e com Sessão Solene de Posse, no Auditório da Câmara Municipal de Goiânia, no dia 06.11.2006.
Mas a Academia Goianiense de Letras foi organizada já carregando uma história. É que, por volta de 1976, alguns estudantes de Anápolis que estudavam e residiam em Goiânia, fundaram a Academia Goianiense de Letras, chegando a assinar a Caixa Postal, 1138, Anápolis, Goiás, 77.100, conforme consta de vários documentos, inclusive do livro ENDEREÇÁRIO CULTURAL BRASILEIRO, publicado em 1978.
Foram além. Fizeram diversos membros correspondentes por todo o Brasil, consoante se pode verificar na biografia de alguns deles, destacando-se, ADELGÍCIO DE PAULA(Juiz de Fora), ANITA VAZ(Governador Valadares), ALDA ESTELITA(Rio de Janeiro), AMIR MASSUD(Natal), ARITA PETTENÁ(Campinas), ARY SIMÕES(Passa Quatro), além de centenas de outros que a exigüidade de espaço não permite mencionar, muitos deles constando da ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA(São Paulo, 2001), de Afrânio Coutinho.
Relembrado este fato histórico, retornemos à atual ACADEMIA GOIANIENSE DE LETRAS. Valho-me das palavras de seu timoneiro, o baiano EMÍDIO SILVA FALCÃO BRASILEIRO:
“Criada no dia 30 de janeiro deste ano(2006), para dar dignidade, espaço e representatividade ao escritor da Capital e do interior, a Academia Goianiense de Letras resgata uma idéia surgida há 30 anos, de estudantes de Anápolis que residiam em Goiânia.
Definiu, em reunião realizada no último sábado, dia 6, o fardão, que deverá ser confeccionado e, a partir do momento em que ficar pronto, será dada posse, em ato simbólico, aos seus 40 membros efetivos.
Entre os fundadores, já ocupando a Cadeira 38, está o professor Wolmir Amado, reitor da Universidade Católica de Goiás e autor de cinco livros, que escolheu dom Fernando Gomes dos Santos como Patrono.
O objetivo da Academia é dar identidade cultural para o escritor, para que a sociedade entenda a presença da AGynL na vida do autor: ele dedica horas preciosas de seu tempo para o ato de criar e produzir, às vezes até com sacrifícios ao convívio com a família, não sendo reconhecido em seu papel.
Como não tem nenhum apoio, surgiu a preocupação em criar a entidade para garantir que a sua obra seja eternizada, não fique esquecida com o desaparecimento de seu autor; e como o escritor não tem profissão regulamentada, a Academia vem proteger a sua obra, garantir-lhe um espaço. Pela primeira Academia, criada na França pelo cardeal Richelieu, já passaram mais de 700 escritores.
No momento, o presidente da nova entidade, Emidio Silva Falcão Brasileiro atua em várias frentes: conseguir sede para instalar a Academia e o patrocínio do fardão, já reivindicado ao governador Marconi Perillo, escolhido Patrono, tomando como exemplo o fato de que o Governo do Rio de Janeiro patrocina os fardões dos membros da Academia Brasileira de Letras; torná-la de utilidade pública - o projeto, do deputado Daniel Messac já tramita na Assembléia Legislativa do Estado, a partir de iniciativa do deputado licenciado Mizael de Oliveira, o que facilitará o repasse de verbas para a sua manutenção e outras atividades - e criar um prêmio para os escritores que foram destaque no ano anterior, abrangendo os diversos segmentos, para entregar o troféu em noite festiva, a exemplo do Oscar para o cinema.
Baiano de Irará, 43 anos, casado, há 19 anos em Goiás, professor de Direito na Universidade Católica de Goiás e na Universidade Paulista (Unip), autor da maior pesquisa sobre comportamento sexual já feita no Brasil, que foi divulgada no programa "Fantástico", da Rede Globo de Televisão, com repercussão na imprensa nacional e internacional, como o "The New York Times", Emidio Brasileiro ganhou em 2004 o título honorífico de "Cidadão Goiano".
Agradecido com a honraria, decidiu retribuir, iniciando um trabalho pelo escritor, ele que é autor de 13 livros e vários estudos sobre comportamento, surgindo como proposição a criação da Academia Goianiense de Letras.
Pesquisando na internet descobriu que há 30 anos um grupo de anapolinos que estudava em Goiânia organizou uma entidade com esse nome, curiosamente com sede em Anápolis, que não foi registrada e os estudantes acabaram se dispersando, deixando-a de lado.
Novamente uma cidade do interior fez a idéia evoluir: em contato com dois escritores, Cláudio de Castro e José Donizete Fraga, da Academia de Letras de Aparecida de Goiânia, decidiram pela criação da nova entidade.
Com o estatuto pronto, baseado na pioneira Academia Francesa, e de início com oito sócios fundadores, decidiram rever o documento e tomar duas definições: que para ser membro a pessoa teria que ter obra publicada e residir em Goiânia há cinco anos. Fixando o quadro social em 40 membros, começaram a escolher os demais 32, de praticamente todas as atividades, com a indicação de nomes e a respectiva seleção.
Convite aceito, cada membro escolheu o seu Patrono entre pessoas que o influenciaram em sua carreira ou que tivesse sido uma personalidade marcante para Goiânia, como no caso de Pedro Ludovico Teixeira, e a partir daí escrever sobre ele.
Outra decisão é que a Academia não será fechada e nem restrita apenas aos seus membros, já abrindo oportunidade a que todos possam se inscrever, apresentando seu trabalho - livro, música, artigo etc. - e criando a figura do sócio correspondente, que resida em outra cidade”, finaliza Emídio Brasileiro.
Porque dei apoio logístico, aos estudantes anapolinos de 1976 e por ser membro da nova entidade, decidi elaborar o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA GOIANIENSE DE LETRAS.
Todos os nomes abaixo biografados, bem como mais de vinte mil outros nomes, já estão no meu DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, na internet, no site www.mariomartins.com.br ou www.usinadeletras.com.br
Membro da Academia Goiana de Letras, desde 1983, da Academia Tocantinense de Letras, desde 2001 e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, da União Brasileira de Escritores de Goiás, da Associação Goiana de Imprensa e da Academia Goianiense de Letras, fui também Fundador e Presidente da Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras. Membro correspondente de diferentes academias no Brasil e exterior.
Este dicionário, com nomes exclusivamente vinculados à Academia Goianiense de Letras, tem um sentido todo especial. É que sempre gostei das atividades acadêmicas. De alguma forma, me especializei em textos de biografias.
Publiquei LETRAS ANAPOLINAS(600 páginas, 1984), JORNALISTAS, POETAS E ESCRITORES DE ANÁPOLIS(610 páginas, 1986), ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS(1057 páginas, 1995), ESCRITORES DE GOIÁS(816 páginas, 1996), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS(1234 páginas, 1999), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS(924 páginas, 2001), RETRATO DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS(470 páginas, 2005). DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS(1.034 páginas, 2007), DICIONÁRIO GENEALÓGICO DA FAMILIA RIBEIRO MARTINS(140 páginas, 2007), MISSIONÁRIOS AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGELICO(496 páginas, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA EVANGELICA DE LETRAS DO BRASIL(394 páginas, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA GOIANA DE LETRAS(540 páginas, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GOIÁS(710 páginas, 2008), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA FEMININA DE LETRAS(368 páginas, 2008).
Portanto, o que consegui, ainda que frágil, aí está.
Pode-se pesquisar por cada cadeira, separadamente, na forma latina dos nomes ou seja por nome de batismo. Ou se pode pesquisar, através de um índice onomástico, colocado no fim do livro, na forma britânica ou seja pelo último sobrenome.
Trata-se de um livro meramente biográfico, sem nenhuma preocupação literária. Foram elaboradas muitas biografias entre os Patronos e Titulares da Academia Goianiense de Letras.
Outras informações sobre a Academia Goianiense de Letras, no site: www.academiagoianiense.org.br
De qualquer forma, o que foi encontrado aí está, primeiro na Internet e depois será transformado em livro. Daí o apelo, no sentido de que façam contato com o autor para corrigir ou ampliar as biografias. Pode-se usar o e-mail mariormartins@hotmail.com ou a Caixa Postal, 90, Palmas, Tocantins, 77001-970.
*MárioRibeiroMartins
é escritor e Procurador de Justiça.
(mariormartins@hotmail.com)
Site: www.mariomartins.com.br
HomePage:www.genetic.com.br/~mario
Literatura Barroca no Brasil
BARROCO
Objetivo:
Esta lição mostrará as origens do barroco,seus principais autores,como foi seu desenvolvimento na Europa, principalmente em Portugal. Aqui no Brasil teve uma grande influência e também teve seus autores.
Pré-requisito:
Continuar a seguir as lições.
BARROCO
O estilo barroco teve uma orientação artística que surgiu na Itália, especialmente em Roma, na virada para o século XVII. Na verdade,serviu como uma reação ao artificialismo maneirista do século anterior. O novo estilo estava comprometido com a emoção genuína e, ao mesmo tempo, com a ornamentação vivaz.
A base para esse movimento foi o drama humano , que na pintura barroca foi bem encenado com gestos teatrais muitíssimo expressivos, sendo iluminado por um extraordinário claro-escuro e caracterizado por fortes combinações cromáticas.O termo Barroco é usado para designar o estilo que, partindo das artes plásticas teve seu apogeu literário no século XVII, prolongando-se até meados do século XVIII.
No Brasil,esse movimento teve sua influência entre 1601 e 1768 com os seguintes eventos marcantes:
- 1601: publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira Pinto;
- 1768: publicação das Obras poéticas, de Cláudio Manuel das Costa, que assinala o início do Arcadismo no Brasil.
CONTEXTO HISTÓRICO
A REFORMA
O Barroco se manifestou em um período em que a igreja tinha uma forte influência na sociedade européia. Isto fez com que alguns dos seus membros ou que nela se infiltraram não por motivos puramente religiosos, mas pelo desejo de ter um status, já que na época fazer parte do clérigo era visto como algo de grande valor e isto fazia com que pessoas que não tinham verdadeiras vocações religiosas tivessem cargos dento da religião e assim através da atuação clerical vivessem como senhores nobres ou como pecadores contumazes, contrariando os ideais de humildade e simplicidade da doutrina cristã.
Esta situação serviu como forte motivo para uma cisão ou divisão dentro da igreja, que foi definitivamente concretizada pela Reforma Protestante de Martinho Lutero, iniciada em 1517, seguida da entrada de João Calvino, em 1532.
Os reformadores, Lutero na Alemanha e Calvino na França, reivindicavam a reaproximação da Igreja do espírito do cristianismo primitivo. Calvino tinha a idéia de que todos os fiéis podiam ter acesso ao sacerdócio, inclusive as mulheres. Era contra a hierarquia e colocou pastores como ministros das igrejas, aos quais era permitido o casamento.
Calvino pregou a teoria da predestinação, para ele era Deus que daria a salvação a poucos eleitos e que o homem tinha que buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada, isto marcou a ética protestante ficou bem atraente para o pensamento capitalista principalmente para a burguesia.
A CONTRA-REFORMA
Com o objetivo de acabar com os exageros que haviam afugentados muitos fiéis e permitiu o êxito dos reformistas em alguns países, com isso a igreja começou a organizar a contra-reforma. Para isso, foi convocado o Concílio de Trento (1545-1563), com o objetivo de restabelecer a disciplina do clero e a reafirmação dos dogmas e crenças católicos.
Depois do Concílio de Trento, criou-se o índex, uma espécie de índice para censurar os livros que pregavam doutrinas contrárias ou diferentes da doutrina católica. A inquisição passa a ser reorganizada para ter julgamentos de cristãos, hereges e de judeus acusados, ou seja de qualquer pessoa que fosse contra os princípios cristãos ou da igreja dominante da época. A tentativa de conciliar o espiritualismo medieval e o humanismo renascentista resultou numatensão, ou uma disputa entre forças opostas: o teocentrismo e o antropocentrismo.
Características da literatura barroca
» Culto do contraste: o dualismo barroco coloca em contraste a matéria e o espírito, o bem e o mal, Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e o pecado, a alegria e a tristeza, a vida e a morte.
» Consciência da transitoriedade da vida: a idéia de que o tempo consome, tudo leva consigo,e que conduz irrevogavelmente a morte, reafirma os ideais de humildade e desvalorização dos bens materiais, ou seja sem apego aos bens materiais.
» Gosto pela grandiosidade: característica comum expressa com o auxilio de hipérboles, ou seja exageros, figura de linguagem que consiste em aumentar exageradamente algo a que se estar referindo.
» Frases interrogativas: que refletem dúvidas e incertezas, questionamentos: “que amor sigo? Que busco? Que desejo? O que quero da vida?
» Cultismo: é o jogo de palavras, o estilo trabalhado. Predominam hipérbole, hipérbatos (isto é, alteração da ordem natural das palavras na frase ou das orações no período) e metáforas (comparações), como: diamantes que significam dentes ou olhos.
» Conceptismo: é o jogo de idéias ou conceitos, de conformidade com a técnica de argumentação. É comum o uso de antítese, ou seja idéias contrárias, paradoxos. enquanto os cultistas tinham a visão direcionada aos sentidos, já os conceptistas eram direcionados a inteligência.
O BAROCO NO BRASIL
Este movimento só se tornou realidade no Brasil quando a exploração das minas de metais preciosos em Minas gerias deu oportunidade para o surgimento de novas cidades e vilarejos, pois com elas vieram também a cultura e a arte.
Um exemplo foi a :
ARQUITETURA BARROCA
Teve sua visão voltada para e construção de fortalezas, casas de engenho, igrejas pertencentes a muitas ordens como a dos beneditinos. Alguns de seus principais representantes foram: Francisco Frias de Mesquita, que veio para o Brasil em 1603; Francisco Dias , que foi um jesuíta e que projetou a primeira igreja jesuítica no Brasil; Francisco dos Santos, teve sua atuação em Olinda, foi arquiteto e também franciscano, seus projetos foram: a igreja de Nossa Senhora das Neves e o convento de São Francisco;Macário de São João, ele foi frei beneditino, que teve entre os seus principais projetos, o Convento de Santa Teresa, o Mosteiro de São Bento Casa de Misericórdia, em Salvador.
Francisco Xavier de Brito foi escultor português, radicando no Brasil, acabou influenciando a obra do mestre Aleijadinho;
Antonio Francisco Lisboa, também conhecido como o Aleijadinho, visto como o maior gênio da arte brasileira.
MÚSICA
A música barroca, por sua vez, tem nos nomes de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita e Marcos Coelho Neto sua maior representatividade.
LITERATURA
A publicação, em 1601, do poema Prosopopéia, de Bento Teixeira, marca o início da literatura barroca no Brasil.
Prosopopéia é um poema de 94 estrofes que exalta, de forma exacerbada, a figura de Jorge de Albuquerque Coelho, segundo donatário da capitania de Pernambuco.
Influenciado por Camões, Bento Teixeira transcreve em seu poema Prosopopéia inúmeros trechos de Os Lusíadas, estabelecendo, desta forma, um vínculo estreito entre a literatura brasileira e a literatura portuguesa do período.
Interessante apenas como um documento histórico da fase inicial da literatura brasileira, o poema de Bento Teixeira não apresenta grande valor estético.
Estendendo-se até 1768, a literatura barroca produzida no Brasil refletiu as tendências e características literárias de península ibérica.
Em resumo tem-se:
Origens do Barroco
- Jesuítas como responsáveis históricos pela formação do Barroco.
Barroco no Brasil:
- Realidade cultural a partiu do surgimento de cidades e vilarejos de Minas Gerais;
- Novas cidades e vilarejos originaram o desenvolvimento de manifestações culturais e artísticas como arquitetura, artes plásticas, músicas e literatura;
- Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, visto como o maior gênio da arte barroca;
- Marco da literatura barroca no Brasil: o poema “Prosopopéia”, de Bento Teixeira, publicado em 1601.