Em 1880, Bernard Alfred Amblard d'Arena, um francês esteve em Meia Ponte, antigo nome da cidade de Pirenópolis, à procura de ouro. Arguto minerador e tão bom empreendedor encontrou num morro da Serra dos Pireneus, local ideal para realizar sua almejada empreita. Comprou a fazenda e em pouco tempo edificou vila e montou mineradora. Construiu longos bicames para transportar água dos rios para movimentar moderna máquina holandesa que era capaz de gerar um potente jato de água de 5g de pressão.
Vila de cerca de trinta casas, em sua maioria de paredes de pedras e telhados de palhas, abrigou centenas de trabalhadores durante quase 7 anos. Cunhou moeda própria, mantinha açougue, farmácia e entreposto comercial. A mais moderna mineração de ouro da época. Desmontou barranco com o cuspe da potente máquina e mandou toneladas de barro rio abaixo tornando turvo o que era cristalino, o Rio das Almas. Rio sujo, ânimos alterados, trazendo à incrédula população de Meia Ponte a ira e revolta.
Por sete anos, conviveram os meiapontenses com as águas sujas e a arrogância do Arena. Por sete anos viveu Arena com a desorganização administrativa e o autoritarismo intolerante dos comandantes da "microscópica" Meia Ponte.
Culminou em guerra, 24 cavaleiros mascarados subiram a serra de madrugada e massacraram a vila e expulsaram o povo do Arena. Queimaram casas, destruíram máquinas e ferramentas e espancaram trabalhadores.
Episódio épico caracterizado por arrogância, desmandos e ganância, deixando como história a sina do ouro e a índole do povo de antanho.
O local dista cerca de 6 km da cidade a NE e tem 998 metros de altitude
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